quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Biografia de John Wesley

A vida de um homem que com sua paixão por Deus mexeu com a vida espiritual dos ingleses e com a estrutura social de seu país.
John Wesley nasceu em 1703, durante o reinado da boa rainha Anne. Sua infância foi dirigida por sua mãe, uma mulher rígida e piedosa e seu pai, um homem difícil de agradar. Sua mãe acreditava que os desejos das crianças deviam ser subjugados, que eles deveriam ser açoitados quando não se comportassem e que deviam chorar baixinho depois de açoitados. John era o décimo quarto filho. Ele teria morrido num incêndio em Epworth Rectory se não tivesse sido arrancado das chamas por um vizinho que subiu nos ombros de outro vizinho. Ele tinha sete anos então, e depois disso, sua mãe o lembrou várias vezes que ele era “um tição colhido do fogo”. Ela sentia – e mais tarde ele veio a sentir – que ele tinha sido poupado por um propósito, servir a Deus.
Samuel, o pai de John, era um erudito, que por muitos anos trabalhou numa obra monumental sobre o livro de Jó. Um pregador severo, para não dizer implacável, uma vez exigiu que uma adúltera andasse nas ruas em sua vergonha e ele forçou o casamento de uma de suas filhas depois que ela tentou fugir com um homem que não era o escolhido de seu pai. Com seu pai e sua mãe, John Wesley desenvolveu excelentes hábitos de estudo e também se acostumou com sofrimento físico.
John Wesley foi para Charterhouse School em 1714, para Christ Church College, Oxford, em 1720, e em 1726 foi eleito membro na Lincoln College, Oxford. Depois de aceitar uma posição de pastor auxiliar em Wroote, Lincolnshire, de 1727 a 1729, ele voltou à Oxford não apenas para continuar seus estudos, mas também começar a viver a vida santa. Muitos outros jovens brilhantes tinham um curriculum como o de Wesley, mas poucos tinham a sua dedicação. Ele dominava pelo menos sete idiomas e desenvolveu uma visão verdadeiramente abrangente em todas as áreas da investigação. Sua mente nunca encerrou a busca pelo resto de sua vida. Quando ele voltou de Wroote para Oxford, ele assumiu a liderança de um grupo chamado Holy Club (Clube Santo), iniciado por seu irmão Charles. Aqui, eles buscavam reforçar a fé através do estudo das Escrituras e medindo a qualidade da santidade da vida de cada membro.
O Holy Club fazia mais que pensar e orar. Eles foram às prisões levar salvação aos prisioneiros. Embora eles fossem ridicularizados por seus companheiros de Oxford, de seu grupo de baixa posição saíram homens que se tornaram importantes para aquele tempo, particularmente os irmãos Wesley e George Whitefield. O seu regime exigia jejuns periódicos, encontros regulares para estudo e auto-exame. Somente muito tempo depois foi que John Wesley percebeu que eles seguiam mais a letra do que o espírito do cristianismo.
Em 1735 grandes mudanças atingiram John e Charles Wesley. O seu pai morreu e ambos foram com o governador Ogilthorpe para a colônia Georgia com a bênção e encorajamento de sua mãe. A Georgia foi uma prova para John, que logrou que realmente não gostava dos índios e que sua rigidez não era muito apreciada pelas pessoas da Georgia. Mas importante que isto, foi o contato de John com uma pequena banda de morávios na viagem para a colônia. Estes homens e mulheres destemidamente cantavam hinos durante terríveis tempestades no mar, enquanto ele se desesperava.
Ele queria conhecer a fé que eles pareciam ter. Em 1737 ele retornou à Inglaterra.
Devemos dar a John Wesley o crédito, pois ele podia ser crítico o bastante consigo mesmo para parar naquele momento e saber que ele era um ministro experiente para examinar sua falta de fé. Peter Boehler, um morávio, deu-lhe a chave – pregar a fé até que ele a tivesse, e então ele pregava a fé. Então aconteceu que John Wesley habitou na fé até 24 de maio, uma quarta-feira, em 1738, no famoso encontro de Aldersgate, ele teve uma conversão, uma profunda e inconfundível experiência de fé. Seu “coração foi estranhamente aquecido”.
Então seu verdadeiro trabalho começou.
Como tinha uma mente livre, John Wesley ainda conseguia retirar os melhores recursos das melhores mentes do seu tempo. William Law, por exemplo, foi seu professor, amigo e mentor por vários anos; mas Wesley achou que um ingrediente importante estava faltando no programa de Law para uma vida devota. Os seguidores de Platão conseguiram comunicar a Wesley uma estrutura intelectual que era mais espiritual do que material, mas os hábitos mentais de Wesley estavam moldados tanto pelo modelo de análise de Newton do que pelo platonismo. Os morávios eram o mais perto de uma síntese de todos os elementos que ele desejava e pôde encontrar. Ele até mesmo visitou Herrnhut para saber como sua comunidade trabalhava. Mas algo estava faltando lá, como em todo lugar, e em 1740, ele e seus seguidores romperam com os morávios, mas não antes que ele tivesse aprendido a pregar sermões ao ar livre, o que veio a ser uma parte essencial de seu programa mais tarde.
John Wesley tinha 37 anos de idade quando começou a viajar e pregar. Ele freqüentemente exagerava o número daqueles que vinham ouvi-lo. Muitas vezes, as mesmas pessoas que precisaram de sua ajuda eram as mesmas que mais o perseguiam. Ele pregava em púlpitos até que eles fossem fechados para ele, e ele então pregava nos campos abertos. Ele pregava três vezes por dia, começando às 5 da manhã, uma vez que os trabalhadores poderiam parar para ouvi-lo enquanto andavam para o seu trabalho monótono.
Algumas vezes ele andava 60 milhas (90 quilômetros) por dia a cavalo. As condições do tempo não importavam; ele fazia seu horário e o cumpria, não importavam as dificuldades. Ele fugia de uma multidão zangada pulando num lago gelado, nadava para fora dele e continuava a pregar novamente. Ele tinha a habilidade de trazer as pessoas hostis para o seu lado.
Ele foi para Gales do Sul em 1741, para o norte da Inglaterra em 1742, Irlanda em 1747, e Escócia em 1751. No total, ele foi à Irlanda quarenta e duas vezes e à Escócia vinte e duas vezes. Ele retornou às cidades vezes e mais vezes. Houve ocasiões em que ele retornava anos depois de sua última visita e registrava que a pequena sociedade que ele ajudara ainda estava intacta e fiel. Ele examinava cada membro de cada sociedade pessoalmente para buscar crescimento espiritual e de fé. As sociedades então formadas proviam a organização local para seu movimento.
O que Wesley pregava? Frugalidade, limpeza, honestidade, salvação, boas relações familiares, dúzias de outros temas, mas acima de tudo, a fé em Cristo.
Ele não pedia aos seus ouvintes para deixarem suas igrejas, mas para continuarem indo nelas. Ele lhes deu o refrigério espiritual que eles não achavam fora do círculo. Quando suas décadas de provação produziram décadas de triunfo, as multidões aumentaram. Ricos e pobres vinham para ouvi-lo falar. Ele desenvolveu reder de assistentes leigos. Suas exortações para viver perfeitamente em amor hoje parecem duras, mas considere os efeitos em suas congregações. Os xingamentos nas fábricas pararam, os homens e as mulheres começaram a se preocupar com vestimentas limpas e simples, extravagâncias como chá caro e vícios como o gim foram deixados por seus seguidores, vizinhos deram um ao outro ajuda mútua através das sociedades.
Wesley ensinou tanto pelo exemplo como pelos seus sermões tão medidos. Suas despesas anuais já foram mencionadas. Ele publicou muitos volumes para serem usados em devocionais e direcionou o lucro para projetos, como um local de ajuda para os pobres. Sua vida pessoal estava além de reprovação. Ele traduziu hinos, interpretou as Escrituras, escreveu centenas de cartas, treinou centenas de homens e mulheres e manteve em seus diários um registro da energia dispensada, que dificilmente tem um rival na literatura ocidental. Sua maneira de falar na linguagem do homem comum teve um impacto imensurável no surgimento do inglês moderno, assim como os hinos de Charles Wesley tiveram um grande impacto na música com suas muitas canções sem mencionar a poesia da subseqüente era Romântica.
Mas o impacto dos Wesleys nas classes mais baixas foi além de afetar seus hábitos de vida e modo de falar. John Wesley proveu uma estrutura religiosa que era local e pessoal, bem como energeticamente moral. Sua teologia não tirava a liberdade e o direito de ninguém, pois qualquer um podia achar a graça de Deus para resistir ao diabo e ser salvo, se tão somente buscasse e recebesse. As sociedades que ele formou preservaram em seus estudos um foco de fé – uma fé que também levou a uma maneira de lidar com a realidade da vida das classes mais pobres. A religião não era só para os ricos, mas Wesley também não estava pregando uma revolta contra o anglicanismo – até muito tarde e então quase por um acidente histórico.
O anglicanismo de John Wesley era muito forte, embora os púlpitos anglicanos tornassem-se universalmente fechados a ele. Só quando tinha oitenta e um anos ele permitiu uma pequena divisão entre seus seguidores e a igreja nacional. Tendo mandado muitos homens à América, em 1784 ele ordenou mais pessoas para este esforço missionário e, porque “ordenação é separação”, efetivamente começou uma nova igreja. O conservadorismo dele era tanto político como religioso. Ele publicou uma carta aberta às colônias americanas, aconselhando-as a permanecerem leais à Grã-Bretanha, logo antes da Revolução Americana. Ele não tolerava nenhuma conversa sobre agitação civil na Inglaterra.
Tem se discutido que outras forças estavam trabalhando na Inglaterra além de Wesley e uns outros poucos pregadores. Por exemplo, a Revolução Industrial que estava vindo progrediu mais rápido na Inglaterra do que em qualquer outro lugar, dando aos homens novos tipos de trabalho; a justiça do Sistema de Paz e o sistema de governo com um Primeiro-Ministro eram únicos na sua forma e deram muito mais poder do que era possível em qualquer outro lugar à classe média local e os grandes problemas, que poderiam, de outra forma, causar revolução, simplesmente não estavam presentes depois de 1750. Ainda assim, sem Wesley e seus seguidores, como poderia o ateísmo, tal como existia entre os camponeses franceses, ser evitado e como poderia uma classe inferior oprimida e dominada pelos vícios ter esperança?
John Wesley morreu em 2 de março de 1791, cerca de três anos depois que seu irmão Charles morreu. Até seus anos finais, ele fez a mesma frase de abertura em seu diário a cada ano no seu aniversário, agradecendo a Deus por sua longa vida e sua contínua boa saúde, afirmando que sermões pregados de manhã cedo e muita atividade ao ar livre o mantiveram em forma para a obra de Deus. Desde o momento em que ele tornou-se livre de influências, exceto a de Deus, ele teve cinqüenta anos de serviço constante e fez um bem imensurável à Inglaterra através da perseverança, resistência e fé. Seu legado não se limitou ao seu século ou país, mas sobrevive até hoje na fé de milhões em uma variedade de igrejas.
A seguinte frase foi escrita em seu diário em 28 de junho de 1774:
Sendo hoje meu aniversário, o primeiro dia do septuagésimo segundo ano, eu estava pensando, Como pode ser isso, que eu ache a mesma força que tinha trinta anos atrás? Que a minha vista esteja consideravelmente melhor agora, e meus nervos mais firmes do que eram antes? Que eu não tenha nenhuma enfermidade da velhice, e não tenha mais aquelas que tive na juventude? A grande causa é, o bom prazer de Deus, que faz o que lhe agrada. Os meios principais são: meu constante levantar às quatro da madrugada, por cerca de cinqüenta anos; o fato de geralmente pregar às cinco da manhã, um dos exercícios mais saudáveis do mundo; o fato de que nunca viajo menos, por mar ou terra, do que 4500 milhas (6.750 km) por ano.

ESTATUTO DA IGREJA

ESTATUTO DA IGREJA

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 

Art. 1 - Aos cinco dias do mês de janeiro de 1967, um grupo de ministros e leigos organizou-se e constituiu no Brasil uma Igreja comprometida com a herança do metodismo histórico, ramo universal da Igreja de Jesus Cristo.

DO NOME

Art. 2 - A Igreja assim constituída é uma organização religiosa, sem fins econômicos, e denomina-se Igreja Metodista Wesleyana, doravante denominada Igreja, com sua sede administrativa na rua Marechal Deodoro, 195, Sala 213, Petrópolis, Rio de Janeiro, a qual rege-se por este Estatuto.

DOS FINS
Art. 3 - Os fins da Igreja Metodista Wesleyana são: adorar a Deus em espírito e em verdade, propagar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, ganhar almas para a vida eterna, orientar seus membros e congregados a buscar o batismo com o Espírito Santo e a adotar a santidade como estilo de vida, promover a educação cristã, as obras de ação social, administrar seu patrimônio e superintender todas as suas atividades.

DAS DOUTRINAS

Art. 4 - As doutrinas professadas pela Igreja Metodista Wesleyana, como princípios de fé, tem como fundamento as Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, que são a nossa regra de fé e prática.

DOS MEMBROS
Art. 5 - Os membros da Igreja Metodista Wesleyana, doravante denominados membros, são as pessoas que satisfizerem as exigências do seu Estatuto e Regimento Interno e forem admitidas à sua comunhão.

Art. 6 - São requisitos para admissão de membros à comunhão da Igreja:

I - Receber e confessar, pela fé, a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor;

II - Demonstrar, por atos, o arrependimento dos seus pecados e o desejo de viver vida nova, de acordo com os ensinos da Bíblia;

III - Aceitar todas as doutrinas ensinadas e defendidas pela Igreja, de acordo com Bíblia Sagrada, que é a infalível Palavra de Deus, e tê-la como única regra de fé e prática;

IV - Ter sua situação civil regularizada no Registro Civil e reconhecida pela Igreja;

V - Assinar o termo de aceitação e submissão ao Estatuto e ao Regimento Interno da Igreja Metodista Wesleyana, declarando-se formalmente membro da denominação. No caso de menores de 16 anos, o termo de aceitação deverá ser assinado também pelo responsável legal do menor, autorizando-o a assumir tal compromisso;

VI - Ter no mínimo 12 anos de idade, ou a critério do presbitério;

VII - Cumprir o que dispõe as Regras Gerais do Regimento Interno.

§ 1º - Quanto aos congregados que não podem ser membros comungantes da Igreja, em virtude de sua situação civil ainda não regularizada, sejam tratados com amor, orientados e ajudados para que regularizem sua situação civil, de acordo com a lei do país, a fim de que sejam recebidos, e que durante este período não sejam impedidos de colaborar com a obra de Deus.

§ 2º - Entende-se por colaborador na obra, os congregados que participam nas atividades da igreja; exceto na Ceia do Senhor e nas reuniões administrativas.

Art. 7 - As pessoas que satisfizerem os requisitos para sua admissão no rol de membros da Igreja (Art. 6), serão recebidas pelos seguintes modos:

a) Profissão de fé e Batismo - As pessoas a serem recebidas por profissão de fé e batismo são matriculadas na classe de iniciantes e recebem do pastor, ou de pessoas por ele indicada, as necessárias instruções.

b) Adesão às doutrinas e ao regime da Igreja - O recebimento por adesão diz respeito a membros de outras Igrejas que desejam ingressar na Igreja Metodista Wesleyana.

c) Transferência - De Igrejas Wesleyanas para Igrejas Wesleyanas, desde que não estejam sob disciplina.

d) Reconciliação - A reconciliação diz respeito a membros que tenham sido excluídos e queiram voltar à Igreja, após comprovarem arrependimento, ou membros de outras Igrejas evangélicas, excluídos de suas igrejas, que peçam sua reconciliação na Igreja Metodista Wesleyana, neste caso sujeitando-se a um período de prova de até 90 dias.

§ 1º - A recepção de membros se faz em ato público, de preferência em culto solene.

§ 2º - Em qualquer dos modos acima é necessário que o candidato seja batizado por imersão.

Art. 8 - São deveres, direitos e privilégios do membro recebido à comunhão:

1) Deveres:

a) Participar assiduamente dos cultos;
b) Cumprir os votos feitos à Igreja;
c) Submeter-se às admoestações do pastor;
d) Exercer com fidelidade os cargos para os quais for eleito;
e) Ter postura ética condizente com a vocação cristã.

2) Direitos:

a) Transferir-se de uma para outra unidade da nossa igreja;
b) Votar e ser votado para cargos eletivos, quando indicado;
c) Apelar, em caso de disciplina, ao Conselho Ministerial Regional;
d) Na ocorrência de desentendimento, procurar o pastor para arbitrar.

3) Privilégios:

a) Participar da Ceia do Senhor;
b) Usufruir os benefícios espirituais da Igreja, e desfrutar dos bens estruturais para comunhão, confraternização e recreação.

Parágrafo único - A qualidade de membro bem como seus direitos e deveres são intransmissíveis, não podendo ser reivindicados por qualquer herdeiro, meeiro ou sucessor.

Art. 9 - Deixam de ser membros da Igreja Metodista Wesleyana, e perdem por isto os direitos e privilégios, os que:

I - Se retiram a próprio pedido;
II - São excluídos por justa causa;
III - Abandonam a igreja (Art. 10 do Regimento Interno);
IV - Tiverem falecido;
V - Se ausentarem por mais de seis meses sem motivo justificado;
VI - Se divorciarem, por descumprirem comprovadamente os deveres conjugais.

§ 1º - Configura-se justa causa, para fins de exclusão do membro, as seguintes condutas:

a) As condutas previstas no Artigo 11: II, III, IV, V, VI e VII; b) As condutas previstas no Artigo 4 das Regras Gerais do Regimento Interno; c) Todos os crimes e delitos previstos no ordenamento jurídico nacional. § 2º - No caso de exclusão, após decisão definitiva, a mesma será comunicada à igreja em reunião de membros.

Art. 10 - A aplicação da disciplina é um dos meios através dos quais a Igreja procura manter a pureza do Evangelho visando a restauração do faltoso e o testemunho da comunidade dos fiéis.

Art. 11 - Estarão sujeitos à disciplina os membros que:

I - Deixarem de cumprir os votos feitos ao Senhor Jesus e à Igreja;

II - Praticarem atos contrários às normas da Igreja conforme suas doutrinas;

III - Divulgarem doutrinas que contrariem os padrões da Igreja;

IV - Praticarem atos de imoralidade;

V - Abusarem dos cargos que ocupam, desobedecendo as determinações superiores;

VI - Abandonarem sem justificativa os cargos para os quais foram eleitos;

VII - Descumprirem os deveres conjugais.

Parágrafo único - Os faltosos estarão sujeitos a disciplinas estabelecidas de acordo com o artigo 8 do Regimento Interno.

Art. 12 - Presbitério é o órgão de disciplina e orientação espiritual da igreja e compõe-se do pastor, ou pastores, e dos presbíteros em atividade.

DA IGREJA LOCAL:

Art. 13 - A igreja local é a unidade do sistema eclesiástico e se compõe de membros da Igreja, sob a jurisdição da mesma.

Art. 14 - A igreja local é o agrupamento de membros devidamente arrolados e sob jurisdição de sua Assembléia, que subsiste e funciona sob a responsabilidade do pastor e do Conselho Local.

Art. 15 - Uma igreja terá tantos pontos de pregação e congregações no Território Nacional quantos puder estabelecer, sempre nos moldes das normas vigentes da igreja (Art. 60, VII - VIII).

§ 1º - Entende-se por ponto de pregação a atividade espiritual que se faz periodicamente em lugares determinados.

§ 2º - Entende-se por congregação o trabalho regular que tenha Escola Bíblica Dominical, um presbítero e, no mínimo, um diácono, ambos designados pelo pastor na área de sua jurisdição.

§ 3º - Uma congregação tem seu movimento evangelizador, social, educacional e financeiro controlado pela respectiva igreja, e sua arrecadação é encaminhada ao tesoureiro da mesma até o dia da reunião mensal.

§ 4º - Uma igreja pode, por meio da junta Diaconal, sem prejuízo de seu compromisso financeiro com a Secretaria Regional de Finanças, liberar verba de uma congregação em caso de construção ou aquisição de bens imóveis (Art. 15, XVII - Regimento Interno).

Art. 16 - A emancipação de uma congregação em igreja obedece aos seguintes trâmites:

I - Ter no mínimo 100 membros, sendo 50% (cinqüenta por cento) maiores de 18 anos e que possam ser oficiais;

II - Ter arrecadação financeira suficiente para subsidiar de acordo com a tabela pastoral de tempo integral e honrar os demais encargos com os órgãos regionais e gerais, além de possuir prédio próprio;

III - A igreja matriz delibera em seu Conselho Local sobre a emancipação de uma congregação à categoria de igreja e comunica, por escrito, a decisão ao Superintendente Distrital e este, por escrito, ao Bispo da Região (Art. 60, VI);

IV - Tendo o parecer favorável do Superintendente Distrital, e a anuência do Bispo, o pastor convoca os membros para uma Assembléia e promove a organização da igreja, elegendo seus respectivos oficiais.

§ 1º - O Conselho Local não pode decidir sobre a emancipação de uma congregação à categoria de igreja, se a igreja matriz ficar com menos de 120 membros em seu rol, ou resultar em arrecadação financeira insuficiente para assumir os encargos tratados no item 2 (dois).

§ 2º - Ao emancipar-se uma congregação à categoria de igreja, o presbítero e o diácono que nela trabalham permanecerão em seus cargos, caso haja concordância dos membros. Realiza-se a eleição dos demais oficiais para completar o número necessário.

§ 3º - Em cada igreja se elegerá no máximo dois presbíteros e quatro diáconos para cada 100 membros.

§ 4º - Uma congregação pode pedir ao Conselho Local sua emancipação à categoria de igreja. Caso o pedido seja rejeitado, poderá apelar ao Conselho Ministerial Regional, encaminhando a relação de membros e a exposição de motivos. Em ambos os casos o encaminhamento será feito por intermédio do pastor da igreja.

Simbolos da IMW e seus Significados

A Igreja Metodista Wesleyana adota os seguintes símbolos como expressão de sua fé:

I - O hino “Igreja Metodista Wesleyana”, de autoria do Bispo Gessé Teixeira de Carvalho, que recebe o número 361 em nosso hinário oficial “Cânticos de Adoração”

II - O símbolo gráfico com uma cruz e um coração estilizado em forma de chamas. Segue modelo e sua significação:


III - A logomarca com a padronização do estilo da letra e com seus formatos característicos do nome “Igreja Metodista Wesleyana”:


IV - Uma bandeira que representa o ideal da Igreja Metodista Wesleyana como corpo de Cristo, que deverá obter os seguintes critérios e proporções:


A - Plano da redenção de Cristo Jesus. Símbolo da Igreja Metodista Wesleyana demonstrando o coração abrasado pelo Espírito Santo.

B - Cor branca faz o plano de fundo do símbolo da redenção cruz), demonstando pureza.

C - Esta pureza só é conquistada através do sangue de Jesus que é tipificado pelo arco estilizado de cor vermelha que cobre “o plano da redenção”.

D - O Slogan “Santidade como estilo de Vida” resume o ideal de um verdadeiro cristão que aceita o plano redentor e busca pureza através do sangue de Jesus.

E - A cor azul no fundo nos remete à santidade absoluta que só iremos ter no Céu.

V- Padronização e significação das cores:

Cor azul: Céu, pureza, aceitação social, tranqüilidade, paz. Referência: Pantone 2728 C

Cor vermelha: Fogo, sangue, vivacidade, calor, vibração. Referência: Pantone 485 C

§ 1º - A marca é um dos maiores patrimônios de uma denominação. A identidade visual tem por objetivo estabelecer critérios para sua aplicação, de maneira a garantir uma imagem fiel. As normas destas imagens deverão ser obedecidas por cada um dos envolvidos com o uso constante da marca “Igreja Metodista Wesleyana”, assegurando sua qualidade e integridade.

§ 2º - Todas as dúvidas da utilização correta da marca deverão ser encaminhadas à Secretaria Geral de Administração que dará as devidas orientações necessárias.

§ 3º - Fica terminantemente proibido o uso da marca para fins comerciais sem a prévia autorização por escrito da Secretaria Geral de Administração.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Como Surgiu a IMW


 


Fundação  da Igreja Metodista Wesleyana   



A igreja foi fundada em 05 de Janeiro de 1967, na cidade de Nova Friburgo - RJ, oriundos da Igreja Metodista do Brasil, em histórica reunião, conhecida como Reunião da Ponte foi adotada uma forma centralizada de governo eclesiástico, elegendo-se o Conselho-Geral sob liderança dos Pastores: Idelmício Cabral dos Santos e Waldemar Gomes de Figueiredo.

Convocação do Concílio Constituinte

Convocado o Concílio Constituinte, reuniu-se na cidade de Petrópolis - RJ, de 16 a 19 de Fevereiro de 1967, formalizando-se oficialmente a eleiçãodo Conselho-Geral e da Comissão de Legislação para preparo do Manual da Igreja, com aprovação dos Estatutos e eleição de vários Evangelistas. Alguns de seus fundadores são ainda hoje membros atuantes na igreja, inclusive os Revmos. Bispos Onaldo Rodrigues Pereira e Nilson de Paula Carneiro. Em Janeiro de 2007 foram comemorados, em cada uma de suas Regiões Eclesiásticas, os quarenta anos de fundação da igreja.

Causa primeira de seu surgimento

Dois motivos fundamentais ocasionaram o desligamento de um grupo de ministros e leigos, por ocasião do 11° Concílio Regional da Igreja Metodista do Brasil.
a) O primeiro baseou-se na doutrina do batismo no Espírito Santo, como uma segunda bênção para o crente;
b)O segundo baseou-se na aceitação da Obra Pentescostal, com a inclusão de todos os dons espirituais, além de cânticos espirituais, revelações e visões;
c)A estes dois fundamentos acrescentou-se a realização da obra de Avivamento Espiritual em nova dimensão, com cânticos de corinhos e orações por enfermos, e cultos sem liturgia e protocolos.

Do Avivamento Espiritual

Segundo o Revmo. Bispo Gessé Teixeira de Carvalho, já tendo sido recolhido para o gozo do Senhor.A Igreja Metodista do Brasil foi alcançada por um Avivamento Espiritual em 1960. Porém em 1966 uma carta do Gabinete Episcopal comunicava aos pastores não ser "prática do povo metodista orar com imposição de mãos, expulsar demônios, cantar corinhos e fazer vigílias constantes".

Das Alternativas Aos Membros Avivados

Ao final da carta deixava aos membros avivados duas alternativas: a)Ou se submetiam às normas Metodistas;
b)Ou deviam deixar as fileiras daquela igreja.

Isto levou o grupo a visitar outras Igrejas Pentecostais, pois não pretendiam fundar uma nova denominação. Contudo, por estarem adaptados ao regime de Governo Episcopal da Igreja originária, optou-se por fundar uma nova denominação.

Da Fé de Seus Fundadores

Os fundadores da Igreja foram alcançados pelo sopro do Espírito Santo e passaram a crer no batismo no Espírito Santo e na outorga dos dons espirituais e sinais que se lhe seguiam como uma realidade para os nossos dias, o que levou ao nascimento da Igreja Metodista Wesleyana.

Semelhante aceitação, até então incompreendida pela originária Igreja Metodista do Brasil, de cunho tradicional, implicava no reconhecimento de um Avivamento Espiritual, que, como fato notório, permeou várias igrejas evangélicas tradicionais na década de 60-70. Pode-se dizer que o vento do Espírito estava soprando no Brasil, glória a Deus !

Do Nome de Wesley na Herança da Igreja

De concluir que o surgimento da Igreja Metodista Wesleyana não foi decorrente do movimento iniciado por John Wesley na Inglaterra, embora o nome Wesleyana escolhido para identificar a denominação esteja correlacionado à experiência do coração abrasado de Wesley.

Segundo o Bispo Gessé Teixeira de Carvalho a escolha, uso e registro do nome para a denominação não foi para "enaltecer o homem John Wesley, mas para ressaltar a experiência que marcou a sua vida, a de um coração abrasado pelo fogo do Espírito Santo".